FAQs – Sociedade Agrícola Boas Quintas

Encontre respostas completas às perguntas mais frequentes sobre a Boas Quintas, os nossos vinhos, marcas, enoturismo e a região do Dão.

 

Índice de Conteúdos


Sobre a Boas Quintas

Quando foi fundada a Sociedade Agrícola Boas Quintas?

A Boas Quintas foi fundada em 1991 por Nuno Cancela de Abreu na região do Dão, em Portugal. A empresa dá continuidade a uma tradição agrícola e vitivinícola familiar com mais de 130 anos de história, mantendo o compromisso com a qualidade e autenticidade dos vinhos portugueses.

 

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Onde está localizada a Boas Quintas?

A sede da Boas Quintas situa-se na Quinta da Giesta, Mortágua, distrito de Viseu, na região do Dão, Portugal. Esta localização privilegiada beneficia de um microclima único protegido pelas serras do Buçaco e do Caramulo, características fundamentais para o terroir distintivo dos nossos vinhos.

 

Morada Completa:
Quinta da Giesta
R. Quinta da Gandarada 14
3450-335 Mortágua
Viseu, Portugal

 

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Que tipo de vinhos produz a Boas Quintas?

A Boas Quintas produz vinhos de várias regiões vinícolas portuguesas, com especial destaque para:

 

  • Dão– Região principal, vinhos elegantes e complexos
  • Bucelas– Vinhos brancos frescos e minerais
  • Península de Setúbal– Vinhos com carácter mediterrânico

Os vinhos são reconhecidos pela sua autenticidade, elegância, carácter distintivo e expressão fiel do terroir português. Cada região representa-se através das nossas marcas, que incluem Quinta da Giesta, Fonte do Ouro, Gandarada, Morgado de Bucelas, Herdade de Gâmbia, entre outras.

 

Tipos produzidos:

  • Vinhos Tintos (monocastas e blends)
  • Vinhos Brancos (jovens e de guarda)
  • Vinhos Rosé (monocasta e blends)
  • Vinho Espumante Brut Nature (monocasta)
  • Vinhos de Estágio Prolongado

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O que caracteriza o terroir da Quinta da Giesta em Mortágua?

O terroir da Quinta da Giesta é marcado por características únicas que conferem personalidade distintiva aos vinhos:

 

Clima:

  • Microclima equilibrado protegido pelas serras do Buçaco (a oeste) e Caramulo (a leste)
  • Invernos frios e verões quentes moderados
  • Amplitude térmica favorável à maturação equilibrada

Solos:

  • Predominância de solos argilosos
  • Excelente capacidade de retenção hídrica
  • Favorece estrutura, complexidade e mineralidade nos vinhos

Altitude:  200 metros
Exposição: Encostas com orientação privilegiada para sol

Estas características naturais, aliadas à filosofia enológica de respeito pelo terroir, resultam em vinhos autênticos e de elevada qualidade.

 

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Onde podemos encontrar os vinhos das marcas Boas Quintas?

Os vinhos Boas Quintas estão disponíveis através de múltiplos canais de distribuição em Portugal e internacionalmente:

 

Em Portugal:

  1. Venda Direta na Quinta
    • Quinta da Giesta, Mortágua
    • Horário: Segunda a Sexta, 9h00-18h00 | Sábado com marcação
    • Possibilidade de prova antes da compra
  2. Garrafeiras e Lojas Especializadas
    • Principais garrafeiras em Lisboa, Porto e Coimbra
    • Lojas especializadas em vinho português
  3. Restauração
    • Restaurantes com carta de vinhos selecta
    • Estabelecimentos parceiros certificados
    • Presença em enotecas
  4. Grandes Superfícies Seleccionadas
    • Secções premium de hipermercados
    • Disponibilidade em função da marca e região

Distribuição Internacional:

  • Europa:Distribuidores em Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Suíça, Polónia, Luxembrugo, Noruega
  • América:Estados Unidos, Canadá, Brasil
  • Ásia:Mercados seleccionados

Como Saber Disponibilidade:

 

Prémios e Reconhecimento

Que prémios e reconhecimento crítico têm os vinhos da Boas Quintas?

Os vinhos da Boas Quintas têm sido consistentemente reconhecidos pela crítica nacional e internacional:

 

Concursos Internacionais:

  • Mundus Vini(Alemanha)
  • Concours Mondial de Bruxelles(Bélgica)
  • Decanter World Wine Awards(Reino Unido)
  • International Wine Challenge
  • Berliner Wein Trophy

 

Críticos e Publicações Internacionais:

Os vinhos Boas Quintas são regularmente avaliados por:

  • Jancis Robinson(jancisrobinson.com) – Crítica britânica de referência mundial
  • Robert Parker / Wine Advocate– Pontuações de prestígio
  • James Suckling(jamessuckling.com) – Avaliações de vinhos portugueses
  • Falstaff Magazine– Crítica especializada de mercados germanófonos
  • Wine Spectator– Revista americana de referência

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Enoturismo e Experiências

Que experiências enoturísticas oferece a Boas Quintas?

A Boas Quintas proporciona experiências enoturísticas autênticas na Quinta da Giesta, em Mortágua:

 

  1. Visitas Guiadas à Adega e Vinhas e Provas Comentadas de Vinhos
  • Duração: 1h30 a 2h00
  • Percurso pelas vinhas com explicação do terroir
  • Visita às instalações de vinificação e estágio
  • Explicação do processo de produção
  • Prova comentada de 3-4 vinhos
  • Disponível em Português, Inglês e Espanhol
  1. Experiência “O Meu Vinho”
  • Criação personalizada do seu próprio vinho
  • Escolha de lotes e blending orientado
  • Rotulagem personalizada
  • Experiência única e didática
  1. Visitas e Provas Privadas
  • Experiências feitas à medida
  • Flexibilidade de horário e conteúdo
  • Ideal para grupos, empresas ou ocasiões especiais
  • Possibilidade de incluir refeições harmonizadas
  • Acesso a vinhos exclusivos e de biblioteca
  • Programas para profissionais (sommeliers, distribuidores)

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Acesso e Estacionamento:

  • GPS: Quinta da Giesta, Mortágua
  • Estacionamento gratuito no local
  • Acessível por veículo próprio (recomendado)

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Nuno Cancela de Abreu

Quem é Nuno Cancela de Abreu?

Nuno Cancela de Abreu é um dos mais respeitados vitivinicultores e enólogos portugueses, fundador da Sociedade Agrícola Boas Quintas em 1991.

 

Formação Académica:

  • Licenciatura em Agronomia– Universidade de Lisboa (Instituto Superior de Agronomia)
  • Pós-Graduação em Viticultura e Enologia– Universidade de Montpellier, França
  • Formação contínua em inovação vitivinícola

Reconhecimento:

  • Referência na vitivinicultura portuguesa moderna
  • Especialista em castas autóctones portuguesas
  • Consultor e formador de novos enólogos
  • Membro de júris em concursos de vinho
  • Contributo significativo para a modernização do sector vitivinícola português

Visão e Legado: Nuno Cancela de Abreu é reconhecido pela sua expertise técnica, rigor científico e visão inovadora, sempre mantendo o respeito pela tradição e pelo terroir. O seu trabalho de mais de 40 anos contribuiu significativamente para a valorização dos vinhos portugueses no mercado internacional.

 

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Qual é a experiência profissional de Nuno Cancela de Abreu?

Nuno Cancela de Abreu tem uma carreira profissional extensa e diversificada, marcada por contributos significativos em várias regiões vitivinícolas portuguesas:

 

Cronologia Profissional:

 

Anos 80 – ADVID (Douro)

  • Diretor da Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID)
  • Trabalho pioneiro em investigação vitivinícola
  • Contributo para a modernização da viticultura duriense
  • Website ADVID:advid.pt

Década de 90 – Quinta da Romeira (Bucelas)

  • Responsável pela revitalização desta quinta histórica
  • Seleção clonal, recuperação e modernização das vinhas de Arinto de Bucelas
  • Reposicionamento dos vinhos de Bucelas no mercado nacional e internacional
  • Resgate de uma região vinícola em declínio

Década de 90 – Quinta da Alorna (Tejo)

  • Diretor de Enologia
  • Gestão de produção em grande escala
  • Implementação de práticas enológicas modernas
  • Desenvolvimento de gama diversificada de vinhos

1991 até Presente – Boas Quintas (Dão e outras regiões)

  • Fundador e enólogo responsável
  • Criador de marcas de referência:
  • Consolidação de um portfólio multi-regional
  • Mais de 30 anos de liderança e inovação

Consultoria e Projectos Especiais:

  • Consultor enológico para diversos projectos vitivinícolas
  • Formador em institutos de enologia
  • Participação em comissões técnicas do sector

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Que filosofia enológica segue Nuno Cancela de Abreu?

A filosofia enológica de Nuno Cancela de Abreu assenta em três pilares fundamentais que guiam toda a produção da Boas Quintas:

 

  1. Expressão Autêntica do Terroir
  • “O vinho nasce na vinha, não na adega”
  • Intervenção mínima na vinificação
  • Respeito pelas características únicas de cada parcela
  • Preservação da identidade de cadaregião e terroir
  • Vinificações que realçam, não mascaram, a origem
  1. Valorização das Castas Autóctones Portuguesas
  1. Sustentabilidade Vitivinícola
  • Práticas agrícolas respeitadoras do ambiente
  • Gestão racional de recursos hídricos
  • Protecção da biodiversidade nas vinhas
  • Redução de inputs químicos
  • Visão de longo prazo: vinhas para gerações futuras
  • Certificações ambientais progressivas

Princípios Técnicos:

  • Vindima manual
  • Selecção rigorosa de uvas
  • Uso criterioso de madeira nova
  • Envelhecimento ajustado ao perfil do vinho
  • Engarrafamento sem clarificação excessiva

Esta filosofia reflecte-se em todos os vinhos produzidos, desde as marcas mais acessíveis até às gamas premium, garantindo autenticidade, qualidade e carácter distintivo.

 

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Região do Dão

Onde fica a região vinícola do Dão?

A região vinícola do Dão situa-se no centro-norte de Portugal, na Beira Alta, numa localização geográfica privilegiada:

 

Localização Geográfica:

  • Centro de Portugal– Entre Coimbra e Viseu
  • Beira Alta– Região administrativa
  • Coordenadas aproximadas:5°N, 7.8°W
  • Área:Cerca de 20.000 hectares de vinha

Limites Naturais (Protecção por Serras):

  • Norte:Serra da Nave
  • Este:Serra da Estrela (ponto mais alto de Portugal Continental)
  • Oeste: Serra do Caramulo
  • Sudoeste: Serra do Buçaco

Esta “anfiteatro natural” criado pelas serras proporciona protecção única:

  • Barreira aos ventos atlânticos húmidos
  • Moderação das temperaturas extremas
  • Microclimas específicos ideais para viticultura

Principais Municípios: Viseu, Nelas, Mangualde, Tondela, Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Mortágua (onde se localiza a Quinta da Giesta), Penalva do Castelo, Sátão

 

Rios Principais:

  • Rio Dão (que dá nome à região)
  • Rio Mondego
  • Afluentes que criam vales com exposição solar privilegiada

Altitude: Entre 200 e 500 metros

  • Altitude média das vinhas: 400-500m
  • Variação permite diferentes estilos de vinho

Acessibilidades:

  • A1 (Porto-Lisboa): saída Coimbra ou Viseu
  • A25 (Aveiro-Guarda): atravessa a região
  • Proximidade ao IP3
  • Distâncias: Lisboa (250km), Porto (130km), Coimbra (60km)

Clima:

  • Continental temperado
  • Invernos frios e chuvosos
  • Verões quentes e secos
  • Grande amplitude térmica diária (crucial para qualidade)
  • Precipitação anual: 1000-1200mm

Esta localização única e protegida é fundamental para o carácter distintivo dos vinhos do Dão.

 

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Qual é a história da região vinícola do Dão?

O Dão possui uma das mais ricas histórias vitivinícolas de Portugal, com uma tradição milenar:

 

Época Romana (Século I a.C. – Século V d.C.)

  • Primeiras evidências de viticultura organizada
  • Romanos reconheceram potencial do terroir
  • Desenvolvimento de rotas comerciais de vinho
  • Vestígios arqueológicos de lagares e ânforas

Idade Média (Século V – XV)

  • Mosteiros como centros de produção vinícola
  • Monges preservam e desenvolvem técnicas
  • Vinhos do Dão mencionados em documentos medievais
  • Comércio com outras regiões europeias

Era dos Descobrimentos (Século XV – XVIII)

  • Expansão do comércio de vinhos portugueses
  • Vinhos do Dão embarcados para colónias
  • Consolidação da reputação regional

Século XIX – Desenvolvimento Moderno

  • Reconhecimento crescente da qualidade
  • Impacto da filoxera (1860s-1880s) e reconstrução
  • Introdução de porta-enxertos de origem americana resistentes à filoxera
  • Reorganização do sector vitivinícola

1908 – Demarcação Oficial

  • Data histórica:O Dão torna-se a primeira região demarcada de vinhos não licorosos em Portugal
  • Decreto de 18 de Setembro de 1908
  • Reconhecimento oficial da especificidade e qualidade
  • Estabelecimento de regras de produção
  • Anterior apenas à demarcação do Douro (1756, para vinhos fortificados)

Século XX – Era Cooperativa

  • 1940s-1980s: Domínio das cooperativas
  • Produção centralizada e padronizada
  • Período de estagnação qualitativa
  • Exportação maioritariamente a granel

Anos 80-90 – Revolução Qualitativa

  • Surgimento de produtores independentes
  • Nuno Cancela de Abreue outros pioneiros modernizam a região
  • Investimento em tecnologia e conhecimento
  • Valorização de vinhas velhas ecastas autóctones
  • Vinificação em pequena escala com foco na qualidade

Século XXI – Reconhecimento Internacional

  • Explosão de qualidade e criatividade
  • Dão reconhecido como uma das grandes regiões de Portugal
  • Designação “Borgonha Portuguesa” pela elegância dos vinhos
  • Novos produtores apostam em terroir e identidade
  • Vinhos do Dãopremiados internacionalmente

Entidades Actuais:

  • Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão)
    • Website:vinhosdao.pt
    • Certificação e promoção DOC Dão
    • Controlo de qualidade e origem

Estatísticas Actuais:

  • ~20.000 hectares de vinha
  • ~250 produtores engarrafadores
  • Produção anual: ~30 milhões litros
  • Exportação para mais de 50 países

A história da região do Dão é uma narrativa de tradição milenar aliada à inovação constante, resultando numa das regiões vinícolas mais interessantes e dinâmicas de Portugal.

 

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Quais são as principais castas da região do Dão?

A região do Dão é reconhecida pela riqueza e diversidade das suas castas autóctones, fundamentais para a identidade dos vinhos da região.

 

Castas Tintas Principais:

  1. Touriga Nacional – originária no Dão
    • A rainha das castas portuguesas
    • Aromática, estruturada e elegante
    • Notas florais (violeta), frutos negros, especiarias
    • Excelente potencial de envelhecimento
    • Base para os melhores tintos do Dão
  2. Alfrocheiro(ou Alfrocheiro Preto)
    • Casta histórica do Dão
    • Aromática e expressiva
    • Frutos vermelhos intensos, notas florais
    • Taninos sedosos
    • Crescente valorização por produtores de qualidade
  3. Jaen(também conhecida como Mencía)
    • Elegância e frescura
    • Perfil mais delicado e aromático
    • Frutos vermelhos
    • Acidez vibrante
    • Ideal para vinhos de média estrutura
  4. Tinta Roriz(Aragonês / Tempranillo)
    • Estrutura e corpo
    • Frutos maduros, especiarias
    • Boa capacidade de envelhecimento
    • Versatilidade em blends
  5. Outras Tintas:Tinta Pinheira, Bastardo, Rufete

Castas Brancas Principais:

  1. Encruzado (plantada quase em exclusividade no Dão)
    • A grande casta branca do Dão
    • Complexidade e longevidade extraordinárias
    • Notas cítricas, minerais, frutos de caroço
    • Excelente estrutura e acidez
    • Capacidade de envelhecimento (10-20+ anos)
    • Base dos melhores brancos da região
  2. Cerceal Branco
    • Elegância e frescura
    • Alta acidez natural
    • Notas cítricas, florais
    • Mineralidade pronunciada
    • Ideal para vinhos jovens e espumantes
  3. Malvasia Fina(ou Boal)
    • Aromática e expressiva
    • Notas florais, frutos tropicais
    • Boa estrutura
    • Versatilidade em blends
  4. Bical
    • Acidez marcante
    • Notas cítricas e minerais
    • Frescura e vivacidade
    • Tradicionalmente usada na Bairrada e no Dão
  5. Outras Brancas:Verdelho, Síria (Roupeiro), Rabo de Ovelha

Importância das Castas Autóctones:

  • Património Genético:Variedades únicas adaptadas ao terroir ao longo de séculos
  • Identidade Regional:Expressão distintiva do Dão
  • Biodiversidade:Preservação de variedades raras
  • Adaptação Climática:Resistência natural ao clima da região

filosofia da Boas Quintas valoriza especialmente estas castas autóctones, com Nuno Cancela de Abreu dedicando décadas ao seu estudo e preservação. Nas marcas Boas Quintas, estas variedades são protagonistas, tanto em monocastas como em blends harmoniosos.

 

Tendência Atual: Crescente valorização de monocastas e vinhas velhas (50-100 anos), permitindo conhecer a expressão pura de cada variedade no terroir específico do Dão.

 

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Que características têm os vinhos do Dão?

Os vinhos do Dão possuem um perfil distintivo reconhecido internacionalmente pela elegância e complexidade:

 

Características Gerais:

  • Elegância– Estrutura refinada e equilibrada
  • Acidez Natural– Frescura marcante (altitude + amplitude térmica)
  • Mineralidade Pronunciada– Reflexo dos solos graníticos
  • Complexidade Aromática– Múltiplas camadas de aromas
  • Longevidade– Excelente potencial de envelhecimento
  • Equilíbrio– Harmonia entre fruta, acidez, taninos/estrutura

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O que distingue a região do Dão de outras regiões vinícolas?

A região do Dão possui características únicas que a diferenciam de todas as outras regiões vinícolas portuguesas e mundiais:

  1. Terroir Maioritariamente Granítico
  • Solos:Predominância de granito decomposto (soco granítico)

 

  • Características:
    • Drenagem excelente
    • Baixa fertilidade (vinhas produzem menos, concentrando qualidade)
    • pH ácido
    • Mineralidade pronunciada nos vinhos
    • Raízes profundas (vinhas velhas com 5-10m de raiz)

Comparação: Enquanto o Douro tem xisto, Alentejo tem argila/barro, e Bairrada tem argilo-calcários, o Dão destaca-se pelo seu granito característico.

 

  1. Microclima Protegido por Serras
  • “Anfiteatro Natural”criado por 4 serras principais:
    • Serra da Estrela (Este) – 1993m, a mais alta
    • Serra do Caramulo (Oeste) – 1075m
    • Serra do Buçaco (Sudoeste) – 549m
    • Serra da Nave (Norte) – 1059m

Efeitos Climáticos:

  • Protecção de ventos atlânticos húmidos
  • Moderação de temperaturas extremas
  • Verões quentes mas não escaldantes
  • Invernos frios mas não gelados
  • Microclimas específicos em cada vale

Comparação: Nenhuma outra região portuguesa tem esta protecção natural completa por serras em todos os quadrantes.

 

  1. Amplitude Térmica Excecional
  • Diferença dia/noite:Pode atingir 15-20°C no Verão
  • Efeito nos vinhos:
    • Maturação fenólica (cor, taninos) durante o dia
    • Preservação de acidez e aromas durante a noite
    • Equilíbrio perfeito entre álcool e frescura

Comparação: Superior à amplitude térmica de regiões costeiras (Vinho Verde, Lisboa) ou regiões mais quentes (Alentejo).

 

  1. Diversidade de Castas Autóctones Únicas
  • Maior diversidade decastas autóctones portuguesas numa só região
  • Variedades exclusivas ou com expressão máxima no Dão:
    • Encruzado– A grande casta branca
    • Alfrocheiro– Elegância tinta incomparável
    • Adaptação secular ao terroir específico

Comparação: Enquanto o Douro privilegia Touriga Nacional e Franca, e Alentejo usa mais castas internacionais, o Dão mantém o maior banco genético autóctone.

 

  1. Altitude Média Ideal
  • 400-500 metros– Altura ideal para viticultura de qualidade
  • Efeitos:
    • Temperaturas moderadas
    • Maior radiação UV (cascas mais espessas)
    • Ciclo vegetativo prolongado
    • Maturação lenta e equilibrada

Comparação: Superior a regiões de baixa altitude (Tejo, Península Setúbal), mais fresca que zonas de altitude extrema.

 

Comparação com outras regiões portuguesas:

  • Douro:Menos potência, mais elegância
  • Alentejo:Menos álcool, mais acidez
  • Lisboa:Mais estrutura, maior guarda
  • Vinho Verde:Mais corpo, maior complexidade
  • Bairrada:Taninos mais refinados
  1. Versatilidade de Estilos

Capacidade única de produzir com excelência:

  • Tintos elegantes de guarda
  • Brancos longevos e complexos (raros no mundo)
  • Rosés delicados
  • Espumantes de qualidade
  • Monocastas e blends harmoniosos

Síntese:

O Dão é uma região única porque combina:

  • Geologia(granito) + Geografia (serras protetoras) + Clima (continental temperado com amplitude) + Castas(autóctones únicas) + História (tradição milenar) + Estilo (elegância e longevidade)

Esta combinação não existe em nenhuma outra região portuguesa ou mundial, tornando os vinhos do Dão verdadeiramente únicos e reconhecíveis.

 

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Comprar e Contactar

Como posso contactar a Boas Quintas?

Contactos Gerais:

Morada: Sociedade Agrícola Boas Quintas, Lda. Quinta da Giesta 3450-335 Mortágua Viseu, Portugal

 

Telefone: +351 231 921 076
Email Geral: wines@boasquintas.com
Website: boasquintas.com

 

Horário de Atendimento:

  • Segunda a Sexta:9h00 – 13h00 | 14h00 – 18h00
  • Sábado, Domingo e Feriados:Apenas visitas com marcação prévia

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  • YouTube:Vídeos das vinhas, vindimas e bastidores

 

Informação Adicional

Links Úteis:

Comissão Vitivinícola Regional do Dão:

  • Website:www.vinhosdao.pt
  • Informação oficial sobre a DOC Dão
  • Certificações e regulamentação

Rota dos Vinhos do Dão:

Instituto da Vinha e do Vinho:

 

Ainda tem dúvidas?

Se não encontrou resposta para a sua questão nestas FAQs, não hesite em contactar-nos. A nossa equipa terá todo o prazer em ajudar!

 

Actualizado em Outubro 2025

Sociedade Agrícola Boas Quintas, Lda.
Quinta da Giesta | Mortágua | Portugal

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