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Dão Nobre: Exclusiva dos vinhos do Dão

Exclusiva dos vinhos do Dão, a designação Nobre distingue os vinhos que obtêm a mais alta classificação. A opinião do crítico gastronómico da Visão Se7e, Manuel Gonçalves da Silva

30.08.2016

Num tempo em que os vinhos do Dão recuperam de forma gradual, mas segura, o antigo prestígio, eis que surge uma designação de excelência que só eles podem usar: Nobre. Mas só têm direito a ela os vinhos que obtiverem o mínimo de 90 pontos, em 100 possíveis, atribuídos pela câmara de provadores da Comissão Vitivinícola Regional do Dão. Trata-se, pois, de um processo de certificação com regras específicas, entre as quais avulta a pontuação, que visam garantir a qualidade excecional dos vinhos. Era uma ambição antiga dos vitivinicultores do Dão, formalmente apresentada pela respetiva associação, há mais de duas dezenas de anos, mas só concretizada em 2014 com o devido enquadramento legal. E os primeiros vinhos da história do Dão distinguidos com esse título, acabam de ser anunciados: Fonte do Ouro Dão Nobre Branco 2015 e Casa de Santar Dão Nobre Tinto 2013.

O Fonte do Ouro Dão Nobre Branco 2015 foi especialmente criado pelo enólogo Nuno Cancela de Abreu para comemorar o 25º aniversário da Sociedade Agrícola Boas Quintas, a que pertence. É uma edição limitada, da qual foram produzidas apenas 1200 garrafas, que já se encontram no mercado. Com sorte, talvez ainda se encontre alguma.

O Casa de Santar Dão Nobre Tinto 2013 resulta de um lote com 50% de Touriga Nacional, 20% de Alfrocheiro, 20% de Aragonez e 10% de Jaen. As uvas, provenientes das quatro parcelas mais importantes de Santar (Global Wines), foram sabiamente vinificadas pelo enólogo Osvaldo Amado, o qual acabou por selecionar as 15 melhores barricas, num total de 100. O lançamento no mercado está previsto para o próximo mês de setembro. São dois vinhos de grande categoria que prestigiam a região e a garrafeira de quem os adquirir.

Fonte do Ouro Dão Nobre Branco 2015 Feito de uvas das castas Encruzado, que predomina, Arinto e Cerceal Branco, fermentou e estagiou durante seis meses em barricas novas. Tem aspeto cristalino, cor citrina brilhante, aroma frutado com delicadas notas tostadas da madeira, muito elegante, paladar rico e complexo em que sobressai a mineralidade, a frescura, a suavidade e o equilíbrio. Alonga-se na boca e não sai da memória. €35

Casa de Santar Dão Nobre Tinto 2013 Após a vinificação, maturou, parte em barricas novas de carvalho francês, e o restante (25%) em barricas de segundo ano, seguindo-se o estágio de 18 meses em barrica. Cor intensa, aroma complexo, ainda fechado, mas a deixar transparecer a sua elegância, paladar cheio, potente, com perfeito equilíbrio de todos os elementos. Pronto para beber, mas promete evoluir bem em garrafas e continuar a dar alegrias nos próximos dez a 15 anos. O preço será definido aquando no lançamento, em setembro.

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